segunda-feira, 21 de abril de 2014

Memória, Aprendizagem e Esquecimento - A memória através das neurociências - Capítulo 2




No link abaixo disponibilizo para meus leitores o capítulo 2 de meu livro, Memória, Aprendizagem e Esquecimento - A memória através das neurociências, Rio de Janeiro, Ed. Atheneu, 2010. 

https://docs.google.com/file/d/0B9zBbq3OaOaNVGc4a0xlN2hjeFk/edit


Para os interessados na aquisição do livro informo que o mesmo se encontra em todas as grandes livrarias virtuais do País.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Imagens imortais da grande Rita Hayworth, vítima da Demência de Alzheimer



Trechos de meu livro "Envelhecimento, Depressão e Doença de Alzheimer", publicado em 1996, pela Ed. Health, de Belo Horizonte sobre a atriz Rita Hayworth, que veio a falecer em 1987, em decorrência de complicações da Demência de Alzheimer. Logo em seguida, para ilustrar o que sua filha, a Princesa Yasmine Khan relata abaixo, compilei trechos de filmes que ela estrelou. O objetivo é comparar a performance da grande atriz norte-americana em seus tempos de juventude com o ocorrido quando acometida deste mal. Imagens fascinantes que nos impactam mais quando sabemos o desfecho final de seu estado físico com o avançar de sua doença. São imagens históricas e magníficas.

"Em dezembro de 1989, em uma reportagem de capa da revista norteamericana Newsweek, a princesa Yasmine Khan, filha do príncipe Ali Khan com a atriz de cinema Rita Hayworth, e fundadora da International Alzheimer Association, deu um dramático depoimento que agora reproduzo em parte:

“Próximo do fim, cada movimento tinha de ser conduzido para ela, como se a vida tivesse se tornado um script que ela não podia mais ler. ‘Nós estamos indo agora para a mesa da sala de jantar, estamos indo almoçar’, teriam dito as enfermeiras. E quando ela tinha de subir os pequenos degraus do banheiro: ‘Agora estamos subindo os degraus, levante seu pé esquerdo’. Algumas vezes ela não o acertava na primeira tentativa. Mas muito frequentemente, relatou sua filha, ela era capaz de fazê-lo”.

“ Não foi uma execução brilhante para a mulher que, certa vez, sem esforço algum, girou no cinema em danças de salão, contracenando com Fred Astaire, deslumbrantemente, degrau por degrau. Mas para Rita Hayworth aos 65 anos, perdida na névoa do distúrbio degenerativo cerebral, conhecido como doença de Alzheimer, isso representou um último e bruxuleante apagar da chama da consciência. Três anos depois, acamada e sem falar, ela morreu.”

Esta descrição do fim daquela que foi uma das estrelas mais fulgurantes do cinema mundial nos alerta para esse inimigo silencioso que, graças ao envelhecimento populacional, somente a partir da década de 1970 vem assumindo proporções assustadoras no âmbito das famílias e da sociedade em todos os países. Retomando um pouco mais o tema desse desastre que se abateu sobre Rita Hayworth, reproduzimos aqui parte do editorial do periódico Alzheimer Actualités, de 1987, intitulado “O Destino, a estrela e o geneticista”:

“Se fosse para refazer tudo, eu o faria exatamente igual. Se eu pudesse recomeçar minha vida, eu não mudaria nada, mesmo que minha vida não tenha sido um mar de rosas todos os dias”. (...)
Sim, se tivesse de refazer tudo, eu gostaria de viver da mesma forma desde meu começo no cinema, até meus maiores sucessos, desde a ternura de meu pai até o meu amor pelos meus dois filhos”.

Assim se exprimiu Rita Hayworth antes que o destino transformasse definitivamente a vamp em uma mulher sem brilho. Lenta decadência que se explicou, inicialmente, pelo abuso de álcool. Era a época quando o veredito ‘Alzheimer’ não tinha ainda sido colocado. A época quando ainda se podia guardar uma fraca esperança. Na imagem de seu médico: ‘Rita perde a memória para fatos recentes, mas se lembra de fatos muito antigos. Seu cérebro e seu fígado estão muito comprometidos. Todo o amor do mundo, receio, não pode mais salvar Rita. Mas eu tenho ainda esperança, apesar de tudo: É preciso que um dia Rita supere essa tragédia...’

Esse dia chega: a Dama de Xangai morreu com a idade de 68 anos. Pela segunda vez, porque seu espírito já a tinha deixado. Aos olhos de sua própria filha, a princesa Yasmine, que se lembra do dia em que ela a viu se olhando no espelho: ‘Eu me coloquei atrás dela. De repente, ela me olhou, olhou-se de novo e me disse: ‘Quem é você ?’ "



https://docs.google.com/file/d/0B9zBbq3OaOaNMFhkRGx0Q3UwMjg/edit