domingo, 5 de março de 2017

A Psiquiatria e a Escola de Frankfurt


Na primeira década após a I Guerra Mundial, os comunistas europeus, ao perceber que não conseguiriam tomar o poder nos diversos países ocidentais pela “revolução do proletariado”, através de golpes de estado sangrentos, fomentando a luta de classes (proletariado versus burguesia), como foi a tomada do poder pelos bolcheviques na Rússia, já em início de democratização com a revolução de fevereiro de 1917 após a derrubada do czar Nicolau II e do Império, decidiram-se por unir forças da chamada “intelligentsia” (intelectuais, filósofos, historiadores, escritores, poetas, artistas, etc.), de formação marxista-leninista, para solapar a cultura ocidental e propiciar a tomada do poder por dentro, como um câncer a corroer as entranhas da cultura judaico-cristã ocidental. Isto foi possível com a mudança de tática: sai o leninismo e entra o gramscismo (de Antonio Gramsci, intelectual comunista morto em 1937 nas prisões fascistas de Benito Mussolini). O gramscismo é exatamente esta estratégia de obter o poder através de um lento processo de infiltração nas instituições de uma país (escolas, universidades, associações, sindicatos, partidos políticos, organizações sociais, órgãos governamentais, etc.).
Outro grande teórico a influenciar todo este movimento foi Georg Lukács, intelectual húngaro de origem judaica, que passou a questionar todos os valores de nossa cultura ocidental. Sua expectativa era a de criar um outro sistema de valores marxistas a substituir o já existente, considerado decadente, podre, infectado pela cultura burguesa. Tudo seria trocado por uma nova arte, uma nova literatura, uma nova cultura proletária, uma nova arquitetura, que acabou gerando o tenebroso “realismo socialista” da era de Stalin. Até uma nova ciência foi proposta que, dentre outros absurdos, levou na União Soviética ao ressurgimento das teorias lamarquistas extremadas na genética, com a destruição dos princípios mendelianos clássicos e o advento das inqualificáveis teorias de Trophim Lysenko. Este veneno está  há décadas destruindo nossos valores, nossos princípios éticos, nossa cultura, nossa religião, nossa moral, nossa educação e todo o sistema no qual fizemos nossa formação escolar. Assim, será mais fácil para a esquerda assumir o poder e instaurar a ditadura do “novo homem”, a ditadura marxista. Nesta série de documentários, vocês poderão conhecer na intimidade o que é a Escola de Frankfurt e todo o mal que ela tem infligido ao nosso pensamento e cultura ocidentais, conhecido como Marxismo Cultural e o “Politicamente Correto” (este último desenvolvido principalmente por Herbert Marcuse).
A Escola de Frankfurt foi fundada em 1923 por Felix Weil, cientista político que adotara as teses marxistas, filho de um rico comerciante judeu que, com a herança do pai, financiou todo o início do movimento. Tinha por objetivo estudar (e eventualmente explicar) a dinâmica das mudanças sociais. Deu então origem ao que futuramente ficou conhecido como Marxismo Cultural. Teve grande influência de Georg Lukács, Karl Korsch, Karl Wittfogel, Friedriech Pollock mas, dado o envolvimento destes com o Partido Comunista da Alemanha, não foram incorporados ao grupo. Logo o movimento agregou um seleto grupo de intelectuais e filósofos judeus, que adotou o nome de Instituto de Pesquisas Sociais. Foi inicialmente liderado por Max Horkheimer, filósofo, sociólogo e psicólogo social. Dentre seus nomes mais conhecidos podemos citar: Walter Benjamin (ensaísta e crítico literário), Theodor Adorno (filósofo, sociólogo, musicólogo), Erich Fromm (psicanalista), Herbert Marcuse (filósofo) e Leo Löwenthau. Surgiu uma segunda geração, uma década após com os seguintes filósofos: Jürgen Habermas, Franz Neumann, Oskar Negt, Alfred Schmidt, Albrecht Wellmer, Axel Honneth e outros.
Max Horkheimer desenvolveu o principal tema da Escola de Frankfurt, a Teoria Crítica, um sistema amplo de ideias que fazia críticas as mais diversas à cultura capitalista ocidental. Em troca, propunha um sistema que substituía todo esse sistema cultural burguês por outro marxista. Assim surgiu o Marxismo Cultural. Dentre outros princípios, esta teoria adotou uma visão mais “light” da revolução bolchevique: abandono das teses leninistas e adoção das teses de Gramsci e Lukács da infiltração cultural na sociedade.
Horkheimer escreveu: ” A Revolução não ocorrerá com armas, porém será gradual, ano a ano, de geração para geração. Vamos gradualmente nos infiltrar nas instituições educacionais e em seus organismos políticos transformando-os lentamente em instituições marxistas na medida em que nos movemos para o igualitarismo universal”.
A Escola de Frankfurt influenciou de forma massacrante a psicologia, a psicanálise e também a psiquiatria ocidentais. Thomas Zsaz, psiquiatra norte-americano, no final da década de 1950, ao afirmar que os transtornos psiquiátricos eram fruto de influências puramente culturais e que os transtornos mentais não existiam, seriam apenas decorrência da dissidência de certos indivíduos em relação à cultura recebida, influenciou no surgimento da Anti-Psiquiatria, dando margem ao nascimento de todos os movimentos antimanicomiais mundo afora. Praticamente negaram todos os avanços da ciência, particularmente o da  psicofarmacologia que, desde 1952, revolucionava os tratamentos psiquiátricos com a utilização da droga antipsicótica clorpromazina (Amplicitil) e que passaram a reduzir drasticamente o número de leitos hospitalares em todo o planeta. O movimento se mostrou ideológico desde o início, sem compromissos com a ciência e sem a comprovação de suas teses por intermédio de métodos cientificamente aceitáveis. Foi um movimento cultural e ideológico sem vínculos com a realidade.
Nesta série de documentários abaixo vocês poderão ter uma ideia mais concreta do que é a Escola de Frankfurt e seus efeitos deletérios sobre a psicologia, a psicanálise e a psiquiatria contemporâneos.
Minas Gerais começou a sofrer o impacto da Escola de Frankfurt a partir de meados da década de 1960, quando passou a receber profissionais formados dentro dos seus parâmetros. O impacto sobre nossa cultura psiquiátrica, psicanalítica e psicológica, a partir da década de 1970, foi determinante para a formação de, no mínimo, três gerações de profissionais. Muitos deles já retornaram para a rota da ciência e das evidências clínicas. Mas, as consequências deletérias para esta área das ciências e da cultura ainda são observadas. Necessário se faz um bom conhecimento do que é a Escola de Frankfurt para se evitar sua nefasta influência.
















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